
Entre 26 de maio e 3 de junho com artistas da África e do Brasil
no Centro de Capacitação Comunitária São Vicente de Paulo –
Ponto de Cultura AfroBanda de Cubatão
Quitutes e Batuques é uma caravana de artistas internacionais e nacionais que chega à Cubatão no dia 26 de maio de 2010. O evento estabelece na comunidade um festival de cultura que abrange música, dança, vídeo, culinária e educação. Participarão do projeto os artistas Fanta Konatê (Guiné Conakry), Adama Yalombá (Mali), Bayfall (Senegal), Luis Kinugawa, Pitu Leal, Gabriel Madeira, Simone Sou, Carlinhos Antunes, Rui Barossi, Thomas Rohrer, entre outros.
O tema é a cultura africana e suas heranças, entre elas a Cultura Mandinga, desenvolvida a partir do Império de Mali do século XIII, predominante na região conhecida como Mandén (Africa Ocidental). A força dessa cultura perdurou mesmo após o fim do império, espalhando-se pelo mundo através da diáspora africana. Quitutes e Batuques traz artistas africanos que, juntamente com artistas locais, mostrarão como a cultura brasileira tem fortes raízes africanas, e ao mesmo tempo, como as influências das Américas mudaram o perfil das artes contemporâneas africanas.

As oficinas desenvolvidas serão culinária, dança, vídeo, percussão, biomúsica e confecção de instrumentos musicais artesanais. Elas serão organizadas para que se realize uma festa final com a participação de todos, comunidade e artistas. Assim como o conhecimento gerado nas oficinas é aplicado na produção deste evento de encerramento, pode ser aplicado em outras produções culturais, o que traz um caráter multiplicador ao projeto. No fim da residência, Carlinhos Antunes, Rui Barossi, Thomas Rohrer e Simone Sou encontram os artistas Quitutes e Batuques para a realização de um show inédito, na comunidade da Vila Natal, uma jornada pelo rumos da música africana do tradicional às novidades do Afro Pop.
O projeto acontece em parceria com o primeiro Ponto de Cultura da região o Grupo Afrobanda, conhecido por seu trabalho de pesquisa e apresentação da música afrobrasileira. Possui 27 músicos de percussão, trompete, trombone, saxofone, contrabaixo, guitarra, teclado e canto, além de um grupo de dança moderna. Possui também trabalho com música erudita como o Batucasom, apresentado no Conservatório Municipal de Cubatão e representa a cidade com destaque em festivais e premiações de cultura, como o título de Campeã da fase regional do Mapa Cultural Paulista e pelo segundo ano do Festival de Cidadania de São Vicente. Pontos de Cultura são grupos conveniados ao Governo Federal para incentivar a criação e difusão cultural em suas áreas de atuação. Organizam os artistas e comunidade local para participação em diversos projetos.
O projeto em Cubatão é uma realização do Instituto Plataforma Brasil e WZM Plataforma Brasil Holanda, apoiado pelo Governo de São Paulo, Secretaria de Estado da Cultura - Programa de Ação Cultural de 2009 e pelo programa de Promoção e Intercâmbio de Eventos de Arte e Cultura da FUNARTE, com o patrocínio da USIMINAS, apoio cultural do Instituto Usiminas e em parceria com Instituto África Viva, Grupo Afrobanda, Programa Mais Cultura do Ministério da Cultura do Governo Federal, Secretaria de Cultura da Prefeitura de Cubatão. O Projeto também acontece em São Paulo e Bananal em parceria com o Ponto de Cultura Quilombaque, a Secretaria de Cultura e Turismo da Prefeitura Municipal de Bananal e o Espaço Criança Esperança CEE - Brasilândia.

A cantora e bailarina Fanta Konatê, da Guiné Conakry (antiga Guiné Francesa), traz toda sua experiência na diversa e exótica culinária do Oeste Africano, com pratos típicos de diversos países na abrangência do Império Mandinga. Fanta aprendeu a dança e a culinária em sua própria família, reconhecida internacionalmente pela profundidade e conhecimento da tradição Malinkê, e estruturou um cardápio que apresenta desde o prato mais inusitado até aqueles que fazem ponte com a culinária brasileira, revelando que somos mais próximos dos Mandingas do que podemos imaginar.
Oficinas de Percussão e Dança
Adama Yalombá, do Mali, realizará oficinas que trazem a atualidade das danças e percussões de Bamako, apresentando a combinação de instrumentos e seus contextos nas festas Bamaná. O djembê, tambor em forma de cálice, e seus acompanhantes de base como os Dununs, Karinhans e Kodos, serão apresentados de maneira moderna, mantendo-se a estrutura que conduz as danças, desde os tempos do Império Mandinga, no século XIII.
Oficinas de Biomúsica
Luis Kinugawa é musicoterapeuta e criou a Biomúsica Sem Fronteiras a partir da experiência

Oficinas de Confecção de Instrumentos Artesanais
Crianças e jovens de 10 a 20 anos criarão instrumentos musicais a partir de materiais recicláveis e de baixo custo, aprendendo a tocar a partir de conceitos musicais que serão introduzidos. A oficina será realizada pelo arte-educador e músico Pitu Leal que visa difundir as competências artísticas dentro da percussão, induzir os alunos ao conhecimento de outras etnias e ritmos brasileiros, utilizando assim a improvisação com os diversos tipos de materiais reaproveitáveis dentro da realidade local, nunca esquecendo das preocupações com o meio-ambiente. Uma articulação da imaginação, emoção e sensibilidade dos indivíduos em formação para sua expressão artística. Pitu possui projetos sociais semelhantes nas comunidades do Real Parque e Taboão da Serra. Entre os instrumentos que serão feitos estão tamborim, xequerê e pandeiro.
Oficinas de Vídeo
Gabriel Madeira propõe práticas audiovisuais a partir da realização do documentário Quitutes e Batuques 2010. Jovens participantes de oficinas de vídeo poderão aprofundar seu conhecimento participando do planejamento e gravação do documentário. Serão analisadas as escolhas do diretor e como estas conduzem as demais funções em um ambiente de produção audiovisual. De acordo com o conhecimento de cada um, os participantes poderão assumir funções específicas na realização entrando para equipe do documentário.
Show Quitutes e Batuques
Quitutes e Batuques em parceria com o Instituto África Viva reúne artistas africanos com

Vivência– Cultura Africana
A Vivência é uma atividade de integração entre artistas e comunidades. Nesse momento, todos se reúnem para pensar o projeto e transformar esses pensamentos em conhecimento aplicado ao cotidiano da comunidade. Em 2010, o projeto encontra a cultura africana como universo para expressão artística. Para os africanos, a música é parte de seu cotidiano e relações tanto as estabelecidas pela espiritualidade quanto entre indivíduos e comunidades. Esse aspecto funcional da música tradicional africana é colocado como tema e instrumento de integração da Vivência. Os participantes irão conhecer a música africana a partir de sua utilidade na comunidade e experimentá-la em seu cotidiano. Como conseqüência, as atividades trarão a tona questões particularmente ligadas à comunidade, que em contraponto com a realidade dos artistas e profissionais da caravana irão permitir um novo olhar para diferentes assuntos do dia a dia. A Vivência é um chamado para a comunidade se unir compreendendo a diversidade entre ela, o mundo e entre seus integrantes, percebendo que o esforço pela soma das diferenças é gerador de melhores oportunidades e resultados do que a divisão da atitude individualista.
Panna Knock Out Brasil
Panna é o jogo de futebol Holandês com uma regra principal, ganha quem passar a bola entre as pernas do adversário. O drible conhecido no Brasil como rolinho ou caneta recebeu dos descendentes de imigrantes surinameses na Holanda o nome de Panna, portal em suronamês. Joga-se um contra um em quadras infláveis com dois pequenos gols em partidas de 3 minutos. Se ninguém faz um Panna, ganha quem fizer mais gols. Quanto mais habilidade nós pés, maior a chance de êxito. O jogador familiarizado com os truques de estilo livre leva a vantagem, mas o jogo é para todas as idades e perfis. Por isso, Panna é um esporte de integração sócial, qualquer um pode jogar. Mais do que um esporte, Panna é estilo de vida, um evento autenticamente street, é acompanhado por Black Music tocado por um DJ, comandado por um MC e com apresentações de grandes freestylers brasileiros. Cubatão é uma das etapas de preparação para o lançamento do campeonato nacional. Outras informações: http://www.pannaknockout.com.br/